Como exemplo, o SIM aponta o Hospital Beatriz Ângelo (Loures), onde a adesão à greve é de 80 % na cirurgia e 100 % em endocrinologia, reumatologia e oftalmologia. Na Medicina Interna os números chegam aos 90 %.
No Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Loures, em Odivelas a adesão chega aos 90 %, com algumas unidades paralisadas a 100 %.
O SIM dá ainda como exemplo o ACES Arrábida, com 90 % de adesão. Neste ACES, a adesão foi total na Unidade de Saúde Familiar (USF) Castelo.
No Hospital São Francisco Xavier, tanto a anestesia como os blocos operatórios tiveram 100 % de adesão.
Outros dos exemplos dados pelo SIM são o Hospital de Setúbal (100 % no bloco operatório) e o Hospital Garcia de Orta (90 % no bloco operatório e 95 % nas consultas).
No Hospital do Barreiro, o SIM aponta para uma adesão de 100 % nos blocos operatórios e 85 % nas consultas.
No Instituto Português de Oncologia a adesão foi total na patologia clínica e na anatomia patológica, enquanto nas consultas não urgentes chegou aos 75 % e na radiologia aos 90 %.
O SIM sublinha ainda que os serviços mínimos, "muito alargados nas cirurgias e tratamentos oncológicos", foram cumpridos.
A greve de hoje e quinta-feira é a primeira de duas greves regionais convocadas pelo SIM para a região de Lisboa e Vale do Tejo. A próxima está agendada para 27 e 28 de setembro.
O secretário-geral do SIM recordou que na última reunião de negociação, na terça-feira, o Governo “não ultrapassou a proposta de 3,1 % de aumento salarial”, sublinhado que “nos últimos 10 anos houve uma perda salarial de 22 %”.
“Os impostos que nós pagamos obrigariam a que o Governo fizesse esse investimento do SNS, o que não esta a acontecer”, afirmou o responsável, sublinhando: “Em função do que tem sido a resposta do Governo em relação às questões que colocamos, esperamos uma muito expressiva adesão”.
Na terça-feira, o SIM anunciou um novo prolongamento, até 22 de outubro, da greve dos médicos às horas extraordinárias, que começou a 24 de julho e terminaria no dia 22 de setembro.
Sobre a possibilidade de o SIM concertar formas de luta com a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) - que na terça-feira anunciou uma nova greve para 17 e 18 de outubro, o Dr. Roque da Cunha respondeu: "Temos estado em mesas conjuntas e na segunda-feira fizemos uma proposta para uma cimeira conjunta com a FNAM. Essa proposta já teve resposta, mas ainda não há data marcada".
Fonte: Lusa